A Black Friday acontece anualmente sempre na última sexta-feira de novembro. É um período com superpromoções no varejo, sendo uma das datas mais importantes do comércio brasileiro. O evento é realizado tradicionalmente um dia após o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, onde teve origem. Mas quando é a Black Friday no Brasil? A data da Black Friday 2024 é 29 de novembro, a última sexta-feira do mês.
A Black Friday permite que as lojas renovem seus estoques e aumentem o faturamento no final do ano. Os consumidores, por sua vez, podem adquirir produtos com preços promocionais. Esses fatores ajudam a entender a grande participação dos consumidores e o significativo crescimento no volume de vendas.
Os dados da Black Friday 2023 revelaram uma mudança na tendência de crescimento observada nos anos anteriores. O faturamento no e-commerce atingiu R$ 5,23 bilhões, refletindo uma queda significativa de 15,1% em comparação com o mesmo período de 2022, conforme relatado pela Neotrust e ClearSale.
A reversão do crescimento da Black Friday em 2022
A reversão do crescimento da Black Friday em 2022 trouxe desafios significativos para os varejistas. Após um período de expansão constante, os números de 2022 mostraram uma queda nas vendas online. Esse declínio pode ser atribuído a diversos fatores, mas um em particular merece destaque.
Durante a pandemia, muitas empresas se viram obrigadas a migrar para o comércio eletrônico devido às restrições impostas às lojas físicas. Esse movimento resultou em um aumento na concorrência online. Nos anos de 2020 e 2021, esse acréscimo na competição foi compensado pelo crescimento expressivo dos consumidores e das vendas virtuais.
No entanto, com a reabertura das lojas físicas, muitas pessoas voltaram a realizar suas compras presencialmente. Além disso, os consumidores se tornaram mais exigentes no ambiente digital, o que afetou as vendas online.
Os dados de vendas e faturamento, juntamente com pesquisas conduzidas por especialistas do setor varejista, revelam um desempenho abaixo do esperado na Black Friday de 2023. O faturamento total foi de R$ 5,23 bilhões, indicando uma queda de 15,1% em relação ao ano anterior. O ticket médio aumentou em 1,7%, alcançando R$ 645,64, enquanto a quantidade de produtos vendidos teve uma redução de aproximadamente 17,6%.
A análise da exposição dos principais e-commerces brasileiros durante a semana da Black Friday revela mudanças significativas no ranking. O ranking foi organizado com base no faturamento total das lojas virtuais durante a Black Friday 2023, refletindo a performance financeira dessas empresas durante o evento. As Lojas Americanas mantiveram a liderança, seguidas pela Amazon, que também se destacou pela sua presença consolidada no mercado. O Magazine Luiza subiu para a 3ª colocação, refletindo possivelmente estratégias eficazes de marketing e ofertas atrativas durante a Black Friday.
Notavelmente, a Shoppe, que liderou no ano anterior, caiu para a 9ª posição. Outras empresas notáveis no ranking incluem Submarino, Casas Bahia, Ponto Frio, Carrefour e Walmart, cada uma com seu próprio conjunto de estratégias e ofertas para atrair consumidores durante o evento.
Diante desse cenário, os varejistas enfrentam o desafio de se adaptar às novas demandas dos consumidores e encontrar estratégias eficazes para recuperar o crescimento perdido na Black Friday.
Qual a data da Black Friday dos EUA?
A Black Friday foi criada nos Estados Unidos (EUA). Muitos países “importaram” o dia de descontos. No Brasil, a primeira edição aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi somente com promoções online.
Tradicionalmente, a Black Friday ocorre na sexta após o dia de Ação de Graças. A quinta é uma tradicional data religiosa americana em que as pessoas celebram a gratidão por tudo de bom que aconteceu durante o ano. Desde 1941, o Dia de Ação de Graças é comemorado na quarta quinta-feira de novembro.
Quando é a Black Friday no Brasil em 2024?
A Black Friday de 2024 no Brasil será realizada no dia 29 de novembro, seguindo a tradição de ocorrer na última sexta-feira de novembro, assim como nos Estados Unidos. Esse evento, que foi adotado pelo Brasil há mais de uma década, se tornou uma das datas mais aguardadas tanto no comércio eletrônico quanto nas lojas físicas.
Durante a Black Friday, é comum que os consumidores encontrem grandes promoções em uma ampla variedade de produtos, incluindo eletrônicos, roupas, eletrodomésticos, móveis e muito mais. Por isso, muitas empresas preparam suas estratégias de marketing e logística com meses de antecedência para garantir que possam atender ao aumento da demanda.
Além das oportunidades de compra, para os lojistas, a Black Friday é uma excelente chance de aumentar as vendas, esvaziar o estoque, conquistar novos clientes e fidelizar os antigos.
Existe Black Friday na China? Quando é?
A China comemora o Dia dos Solteiros (também conhecido como “Double Eleven”) em 11 de novembro. Nessa ocasião, os amigos realizam compras juntos. O “11/11” é conhecido como a Black Friday chinesa.
Em 2009, grandes varejistas chineses decidiram utilizar o “11/11” para competir com a Black Friday americana. A iniciativa de Daniel Zhang – hoje CEO do Alibaba – funcionou, transformando o Dia dos Solteiros na principal data de vendas do comércio chinês.
Diversas fontes atestam que o 11/11 superou as vendas da Black Friday. Jack Ma, um dos fundadores do Alibaba, expressou seu desejo de tornar o evento um acontecimento global. No Brasil, alguns gigantes do varejo estão usando o 11/11 como uma “esquenta” da Black Friday.
A competição entre os principais players
Na Black Friday de 2023, o ranking dos principais e-commerces no Brasil passou por algumas mudanças notáveis. Lojas Americanas manteve sua posição de liderança, consolidando-se como o principal player do mercado. Amazon também teve um desempenho forte, ficando em segundo lugar, enquanto Magazine Luiza continuou a mostrar crescimento e ficou na terceira posição.
O destaque curioso foi a Shopee, que liderou o ranking em 2022, mas caiu para a 9ª posição em 2023, indicando uma perda de fôlego em relação aos grandes players. Ainda assim, gigantes do varejo como Submarino, Casas Bahia, Carrefour e Walmart continuaram firmes no top 10, refletindo sua influência no cenário do e-commerce brasileiro.
Essas mudanças no ranking podem estar relacionadas a uma série de fatores, como novas estratégias de marketing, condições econômicas, mudanças nas preferências dos consumidores, além de desafios logísticos e operacionais enfrentados por algumas plataformas durante o período promocional.
Estratégias e desafios para 2024
Para 2024, os varejistas enfrentam o desafio de se adaptar a um mercado que está em constante mudança. A concorrência digital, aliada ao retorno das lojas físicas, exige um planejamento estratégico mais robusto para que o evento retome seu crescimento. A Black Friday continua sendo uma das principais datas comerciais do Brasil, atraindo milhões de consumidores, mas para seguir relevante, é essencial repensar práticas e ofertas.
Quando iniciar os preparativos para a Black Friday?
O esforço de planejamento e marketing dos lojistas costuma começar ainda no segundo trimestre do ano. Os consumidores também iniciam suas pesquisas semanas antes.
Agora, se você é lojista do comércio eletrônico, não deixe de conferir nossas super dicas para vender mais na Black Friday. O planejamento e a preparação são essenciais para ter sucesso nas campanhas e vendas na Black Friday.
Fato interessante é a dificuldade de alguns internautas ao escrever o termo em língua estrangeria. Em 2018, o Google recebeu volumes significativos de pesquisas com termos como: blak flayd 2018, blak flayd lojas 2018 e que dia é o break friday 2018.
A Black Friday 2023 apresentou um desempenho abaixo do esperado, com queda no faturamento total, ticket médio e volume de pedidos. Setores específicos como eletrodomésticos e móveis se destacaram, enquanto vestuário e telefonia sofreram quedas. O cenário econômico e o comportamento do consumidor influenciaram os resultados da Black Friday 2023.
Apesar do desempenho inferior, a força da Black Friday continuou evidente em 2023, com números impressionantes. Entre os dias 24 e 27 de novembro, o faturamento atingiu a marca de R$ 5,23 bilhões. Os dados mostram o poder e a popularidade desse evento de compras, consolidando-o como um dos períodos mais significativos para o varejo brasileiro. A Black Friday continua atraindo a atenção dos consumidores e gerando resultados expressivos para os e-commerces e lojas físicas que participam da promoção.
Por acontecer próximo às festas de final de ano, muitos empresários do setor acusam a Black Friday de roubar as vendas do Natal. Afinal, com os preços no chão, os consumidores adiantam suas compras e gastam menos nas datas festivas de dezembro.
Em 2015, as vendas natalinas respondiam por 34% dos negócios feitos por grandes varejistas brasileiros. Apenas um ano depois, a Black Friday absorveu 38% das vendas, enquanto a participação do Natal caiu para 29%.
A solução que muitos encontraram foi alterar a Black Friday para Setembro, já que esse mês seria tido como morto e com poucas vendas. E, vamos combinar: um período com atração zero para a chamada de promoções.
Mas, será que essa é a saída? Veja os prós e contras da Black Friday acontecer em Setembro e não em Novembro.
A Black Friday vai mudar para Setembro?
Fique tranquilo! Apesar de toda a polêmica, a Black Friday não mudou para setembro.
Em 2017, uma polêmica tomou conta dos canais de comunicação que falam sobre economia e mercado: a data da Black Friday mudaria para setembro. Quais os motivos das empresas que defendem essa mudança? Vamos saber!
De toda forma, vale ler e entender os prós e contras da mudança. Mesmo sendo bem nítido que a data da Black Friday não será alterada.
Setembro é o único mês do ano que não tem uma data promocional no varejo. Para preencher essa lacuna, foi criada a Semana do Brasil.
Vale a pena entender como isso pode impactar o seu negócio. Planeje promoções e descontos tanto para setembro quanto para novembro.
Os prós da Black Friday mudar de Novembro pra Setembro
De acordo com algumas associações como a Alshop, Abrasce e ABF, mudar a Black Friday para distanciar do Natal, evitaria a queima de margens desnecessárias. Isso porque, em Novembro, os consumidores comprariam grandes volumes de mercadorias de qualquer maneira.
Segundo os levantamentos, o impacto negativo, em relação ao Natal, foi sentido nos anos de 2015 e 2016, quando a Black Friday se sobressaiu.
Para muitos, a promoção acontecer em Novembro faz com que os brasileiros entrem em Dezembro com a ‘cabeça de desconto’, já esperando que as varejistas prossigam com os descontos nas vendas.
E será que a falta do décimo terceiro, que começa a ser pago em Novembro, atrapalharia? Que nada! Muitos lojistas destacaram que o brasileiro é mais sensível a descontos agressivos, contrário aos americanos que visam lançamentos e tendências. Por isso, o décimo terceiro salário não é tido como um fator de peso na decisão. O que vale, no Brasil, são as facilidades como: preço mais baixo e condições de pagamento.
Por fim, a Black Friday iria salvar Setembro, que é visto como um mês fraco quando o assunto é vendas!
Os contras da mudança pra Setembro
E os contras? Vamos lá!
A Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (câmara-e.net), entidade de associados que representa 90% do faturamento do setor, diz, durante os debates sobre o assunto, que a alteração seria muito prejudicial para o e-commerce. Para isso, dois motivos foram citados:
- A data ficaria diferente do restante do mundo, perdendo, assim, o apelo de marketing global;
- O ainda não recebimento do décimo terceiro salário poderia prejudicar as vendas da Black Friday.
Outra questão que gerou desconforto foi a não adesão dos varejistas eletrônicos a ideia, o que dividiria a Black Friday brasileira em duas datas: varejo físico em Setembro, e o varejo online em Novembro.
Sobre isso, o principal receio é que os consumidores comprem de um lado e deixem o outro sem força. Seria uma bagunça, não?
Para ver mais sobre o assunto, assista ao vídeo abaixo!
Semana do Brasil
Em Setembro de 2019, aconteceu a primeira Semana do Brasil, também conhecida como Black Friday Brasileira. O grande objetivo foi aquecer um mês historicamente fraco no varejo.
Os resultados das duas primeiras edições deixaram os profissionais e empresários do varejo otimistas. Porém, a edição de 2021 perdeu o engajamento de parte do varejo.
Ainda assim, a quantidade de pedidos aumentou 4,28% no comparativo com a mesma data em 2020 e o tíquete médio teve aumento de 11,23%, registrando valor de R$ 449,14.
A Semana do Brasil 2022 apresentou números promissores em termos de vendas e engajamento dos consumidores. Realizada entre os dias 4 e 1o de setembro (próximo do feriado de 7 de setembro), essa iniciativa de promoções e descontos teve um impacto positivo no comércio varejista. Porém, a Black Friday Brasileira em setembro está perdendo força a cada ano.
A semana de descontos é uma ação conjunta entre poder público e iniciativa privada, visando movimentar a economia e gerar oportunidades para lojistas e consumidores.
O Governo Federal apoiou e divulgou a Semana do Brasil. A iniciativa privada aproveitou para atrair consumidores oferecendo promoções exclusivas, produtos e serviços temáticos, ambientação de lojas físicas e virtuais, similar a uma Black Friday.
A proposta foi pensada para preencher a lacuna de uma data comercial no mês da independência do Brasil. Novamente, a inspiração é o comércio norte-americano, que costuma promover promoções na semana da independência, comemorada no dia quatro de julho.
Na primeira edição, o governo brasileiro divulgou que mais de 3.000 empresas participaram da Semana do Brasil. Além de grandes varejistas como Casas Bahia, Pontofrio e Fast Shop, a lista também inclui bancos, hotéis e companhias de telefonia.
Apesar de ser apenas a primeira edição, a Semana do Brasil registrou crescimento nominal de 12% nas vendas do varejo, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
Em 2020, entre 3 e 13 de setembro, o faturamento nas vendas online foi de R$ 2,3 bilhões, representando um crescimento de 25% com relação às vendas no mesmo período de 2019.
Pesquisas indicam que empresários do varejo querem novamente a Semana do Brasil. Talvez essa nova campanha evolua como a Black Friday, que começou tímida em 2010 e foi crescendo a cada edição. Vamos aguardar para conferir.
A Black Friday deve mudar de data? Qual sua opinião?
Por enquanto, a Black Friday continua sem alteração de data. A polêmica segue.
E você? Qual a sua opinião sobre a mudança de data da Black Friday para setembro?
Como você avalia a Semana do Brasil? Você aumentou suas vendas durante a campanha de setembro?
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