Durante esta semana, no dia 30 de novembro, os Correios anunciaram o fim do e-Sedex, produto exclusivo para o setor de comércio eletrônico. O anúncio tem causado burburinho entre os empresários, já que há o receio na queda das receitas dos e-commerces e aumento no valor do frete.
Apesar das reclamações, os Correios mantem a decisão e Guilherme Campos Junior, presidente da empresa, foi firme em afirmar que o serviço será descontinuado a partir do dia 1º de janeiro de 2017.
Mas, qual o impacto do fim do e-Sedex no comércio eletrônico e quais os motivos para tal decisão? Há outra alternativa para diminuir os prejuízos e evitar aumento do frete? Vamos entender melhor!
Como funciona o e-Sedex?
O e-Sedex foi criado para otimizar os custos do comércio eletrônico. Por meio dele, lojas virtuais oferecem serviços de Sedex por um valor de frete menor.
Para utilizar o e-Sedex, o lojista deve fazer um contrato com os Correios, sendo que os valores desse termo irá mudar de acordo com a demanda do contratante. Já a cobrança do frete aos consumidores, irá variar de acordo com o endereço de entrega e, também, o peso dos produtos.
Outra facilidade oferecida pelo e-Sedex é o Disque Coleta, em que os funcionários dos Correios buscam as mercadorias no local registrado pelo lojista durante o contrato.
Dessa maneira, no final do mês, há grande economia por parte dos empresários de e-commerces, já que o e-Sedex oferece as mesmas facilidades do Sedex por um valor reduzido: qualidade + preço!
O fim do e-Sedex: por quê?
A notícia pegou todos de surpresa e logo surgiu a pergunta: “por que os Correios irão acabar com o serviço?”. A resposta é: a crise.
Como é de conhecimento de todos os brasileiros, o país passa por um momento de instabilidade e algumas empresas mantidas pelo governo estão sofrendo cortes severos. Por isso, Guilherme Pontes Júnior, presidente dos Correios, explicou que o e-Sedex se tornou inviável.
Para comparar as situações, o dirigente fez uma metáfora usando os status de relacionamento. “O e-Sedex tem preço de PAC (serviço convencional) e qualidade de Sedex. Isso é ter a liberdade de ser solteiro com o conforto de casado”, disse ele à imprensa.
Vale ressaltar que só em 2015, os Correios tiveram prejuízo de R$ 2,1 bilhões, mesmo mantendo o monopólio na entrega de cartas. E, assim, o órgão anunciou a pior crise da sua história.
Abaixo, está a cópia do comunicado dos Correios sobre o fim do e-Sedex. O documento foi divulgado pelo jornal O Globo.
O fim do e-Sedex: o que será do e-commerce?
Como dissemos, os lojistas costumar escolher o e-Sedex como forma de oferecer fretes mais em conta. Aqui, fizemos um post que fala sobre a importância em ter um frete competitivo no mercado.
Como sabemos, os Correios são o principal meio de entrega das lojas virtuais brasileiras de pequeno e médio porte, sendo que a opção mais viável é o e-Sedex. Sobre isso, também precisamos ressaltar a importância de outras alternativas como as transportadoras. É claro que elas são tão eficazes quanto a entrega via Correios, mas em alguns casos, elas se tornam inviáveis.
Em um e-commerce de moda, por exemplo, enviar algumas peças de roupas via transportadora gera um custo desnecessário para o lojista e, claro, o cliente. Essa alternativa pode levar ao abandono de carrinho, já que as chances do frete ficar mais caro que o próprio produto é grande!
Dessa maneira, a Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) entrou na briga junto aos lojistas. De acordo com a entidade, o e-Sedex responde por 30% do faturamento das lojas e o cancelamento do serviço trará prejuízos. Já os proprietários de e-commerces temem que as vendas caiam por causa do aumento no valor do frete.
Como alternativa, ambas as partes sugeriram um reajuste no valor do e-Sedex, porém, o presidente dos Correios descarta essa hipótese. Para Guilherme Campos Junior, a decisão já foi tomada e as lojas já devem planejar uma nova logística para janeiro de 2017.
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